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A codificação dos vernáculos constituia uma das tendências principais da linguística europeia do séc. XVI. Aquele processo desenvolvia-se ao passo que se formavam os estados nacionais centralizados e a autoconsciência nacional. A este tema estão destinados varios estudos de carácter geral (Kukenheim 1932, 1974; Vitale 1960; Pozzi 1988, Carvalhão Buescu 1979), os estudos que tratam monumentos linguísticos concretos (Patota 2003, Lieber 2000, Vallance 2009, Kossárik 2002, Carvalhão Buescu 1975) e aspectos mais particulares da codificação (Gonçalves 2003, Hartmann 1997, Coluccia 2002). Gostariamos de prestar mais atenção a um problema que não deixa de ser interessante, o problema de codificação da grafia nos monumentos linguisticos renascentistas portugueses (J. Barros, F. Oliveira, D. Nunes de Leão et al.) e italianos (L.B. Alberti, G. Trissino, C. Tolomei et al.) do século XVI. A codificacão da língua escrita fica impossível sem ter resolvido os problemas da grafia. As gramáticas italianas e portuguesas apresentam um material interessante para a comparação. Podemos ressaltar algumas tendências comuns apesar das abordagens diferentes da codificação da língua. Os problemas relacionados à grafia, discutidos na Italia e em Portugal no século XVI, são, em geral, os seguintes: • alguns grafemas latinos passaram a ser polissêmicas na grafia românica; • surgiu uma necessidade da representação gráfica dos sons que estavam ausentes do latim; • alguns grafemas ficaram excessivos; surgiu a questão de extraí-las do alfabeto ou de dotá-las de novas funções; • resolvia-se o problema de delimitação de funções de grafemas que estavam em variação livre; • surge a questão da razoabilidade de manter a escrita espicífica de helenismos; • reselve-se a questão de conjunto de diacríticos e a razoabilidade de seu uso; • aparece uma série de projetos corajosos da sistematização ortográfica que visam aperfeiçoar a representacão na escrita novos traços da fonética românica. Graças aos esforços dos codificadores na Itália e em Portugal resolve-se efectivamente o problema de representacão na escrita de sons novos; não se tratava da solução do problema “de cima para baixo”, antes, da escolha das variantes já empregues na práctica da escrita. Pelo contrário, a tentativa de reformar radicalmente a ortografia (introdução dos grafemas gregos, em particular) não teve bom êxito. Em ambas as línguas foram delimitadas u e v, encontrou seu emprego o “vaziu” h; no que diz respeito ao uso de y; j e digramas e diacríticos os gramáticos italianos e portugueses afastam-se. Resumindo podemos dizer que em Portugal a codificacão foi mais sistemática que na Itália. Isso deve-se, em parte, às diferencas na situação linguística nesses países.